Falar do amor de Deus é falar da história
do homem. Desde a eternidade, quando Deus decidiu criar um ser para com ele
relacionar-se, teve início uma história de amor que tem atravessado o tempo e
inúmeras gerações, em direção à posteridade.
Ele criou o homem com Suas mãos, como um
escultor que faz uma obra de arte. O apóstolo Paulo, em sua carta aos Efésios
2:10, diz: "Porque somos criação de Deus...". A palavra grega
utilizada como criação foi "poíema", que significa "uma obra de
arte" ou um "poema" (essa palavra grega deu origem à palavra
"poema" em português). Esse poema divino era uma história que
começava a ser escrita. E continua até hoje.
E, quando essa obra de arte ficou pronta,
Deus fez algo ainda mais maravilhoso. Ele deu algo de Si a ela: soprou em suas
narinas. Nesse momento a obra de arte deixou de ser uma escultura, um boneco,
para ser o homem – um ser criado à imagem e semelhança de Deus, não na
aparência física, mas na essência, no Seu caráter, na Sua vida, na capacidade
de raciocinar, expressar emoções e agir voluntariamente. A capacidade de
relacionar-se com Deus.
O homem recebeu uma porção de Deus em si,
por isso, há algo do Sagrado em nós. Nós não fomos feitos para a morte. Fomos
criados para vivermos em comunhão plena com Deus.
Ele criou o homem dando-lhe poder e
autoridade para realizar escolhas, para que esse relacionamento fosse pautado
por vontade própria e não por imposição. Mas, o homem decidiu seguir o seu
próprio caminho, voltar suas escolhas aos seus interesses. Assim, ele quebrou a
comunhão com Deus, saiu de Seu senhorio, ficando à mercê do senhorio de um deus
que o subjugou, que o escravizou e o condenou a toda forma de morte – moral,
ética, relacional, física, emocional e espiritual.
Então, Deus, em Sua misericórdia e amor,
disponibilizou um caminho de volta à vida, através de Jesus Cristo. Foi
necessário um resgate, um preço a ser pago. Somente Um que não estava preso à
morte e à condenação poderia saldar a dívida contraída pelo pecado.
Por isso, Jesus voluntariamente se
entregou, assumindo essa dívida por nós. Paulo referiu-se a isso como uma nota
promissória que foi paga e exposta publicamente para que todos soubessem que
nenhuma acusação ou dívida poderia mais ser cobrada. Ele pagou com Sua vida
para que nós pudessemos ter vida, e fez isso por amor.
Assim, nossa comunhão com o Pai foi
restaurada, a imagem e semelhança restituída, recebemos uma nova humanidade em
Cristo baseada nesse amor.
O profeta Isaías registrou sobre Jesus: "Certamente
ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças,
contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas,
ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa
de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas
suas feridas fomos curados." (Is 53:4,5)
E a história não para aí. A morte não
pôde retê-Lo, pois não havia do que ser acusado. Ele venceu a morte e voltou à
vida! A vitória foi tão maravilhosa e completa que Ele expôs o inimigo e a
morte à vergonha pela derrota, como faziam os exércitos vencedores ao entrarem
com pompa e glória pelas portas da cidade, trazendo o inimigo despido e
acorrentado.
Jesus Cristo foi elevado ao céu, recebeu
glória, é digno de receber honra e poder, está ao lado do Pai e logo voltará
para buscar sua igreja e com ela reinar. Todo o joelho se dobrará diante dEle,
dizendo: Jesus Cristo é Senhor! Com Ele viveremos, pra sempre.